Um misto de alegria e tristeza me invadiu nesse dia.
Recebi perto da minha gruta um grupo de amigos para mais um convívio/pesca na minha praia preferida.
Estava muito frio e um mar de senhoras.
A preguiça fez com que eu saísse de casa com a cana do corrico. Sou assim! Quando estou mais letárgico pego na cana mais pesada para colocar uma montagem de corrico bem longe e depois vir com ela a "perguiçar" até mim.
Meia dúzia de lançamentos e nada. A cana fica em repouso e começo a acompanhar os que aqui apareceram pela primeira vez. Umas dicas de como são os fundos, e onde andam os tão famosos caneiros submersos, e nada.Acompanho o Paulo, falo com o Vasco, reclamo do frio com o Cabé, e nada.
O Sol amarelo pinta o Céu de azul e mostra-me um tímido Oceano, mas de banho tomado. A Água parecia um vidro liquido que se mexia preguiçosamente, quais moléculas de gelatina agarradas umas nas outras. Espreguiçava uma onda minúscula sobre a areia, e o Sol levantava-se lentamente.
Pego na cana de corrico e vou a casa para a colocar no descanso. O Vasco pergunta se já me ia embora, ao que eu respondi - "Ainda não Vasco, vou trocar de cana que ainda tenho muito tempo para pescar."
E assim foi...
Já em casa pego na minha batuta de dois metros e dez e coloco na ponta a minha amostra de eleição. Uma amostra tão simples que poderia ser feita de um bocado de um cabo de vassoura.
Calmamente saio de casa e desço à praia. Frente ao mar, onde momentos antes tinha mostrado um bom local ao Paulo Moreira, faço o primeiro de poucos lançamentos.
A amostra evolui na água com o norte perdido e ao terceiro lançamento eis que cai alguma coisa do Céu e a superfície reclama um mal estar saudável.
Era ele! Andava ali emboscado à espera de algum ser mais desprevenido.
Veio justamente calhar ao ser que melhor conhecia a praia.
Tentei momentos antes passar todos ensinamentos necessários, para se fazer uma boa pescaria, aos que compareceram, mas de nada valeu. Muito me alegrava em ver os visitantes ferrar um bom exemplar. Preferia até!
Os lançamentos seguintes foram escassos e feitos quase inconscientemente. Era importante para mim ver mais algum bom exemplar sair às mãos de outro.
No fim foi o convívio do costume comas morçandocas e o lambrusco. Aí sim viram-se muitas ferradelas, e de exemplares bem grandes.
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