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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Irado mas feliz...



Depois de alguns robalitos, todos devolvidos, deparo-me com uma criança aflita e dois cachorrinhos a boiar num riacho em direcção ao mar.
Quando peguei neles já não davam sinais de vida.
Passei-me por completo com o rapaz que os atirara ao riacho.
Peguei nos dois cachorros, lavei-os no mar e de seguida dei-lhes uma valente supradela no focinho. Fez-se milagre!...
Consegui reanimar os dois, e esta foi a jornada de pesca mais insólita que alguma vez tive.

Hoje sou mais feliz, mas não sem antes sentir o sabor da ira percorrer o esófago até ao estômago.

domingo, 16 de maio de 2010

Abertura

A abertura do Achigã foi forjada por uma repentina aparição de uma
concessão de pesca nos meus Spots.
Sinto-me ultrajado... porque a concessão já foi publicada em diário da republica a 10 de Janeiro e segundo consegui apurar só na passada Sexta-Feira é que a associação "Os Celtas de Bagunte" se lembraram de colocar a sinalização. É triste que se autorizem concessões a quem não tem o mínimo cuidado de informar atempadamente.
Estou ansioso por ler o regulamento que até a esta hora ainda não encontrei em lado nenhum, a par da falta de um mero autocolante na parte de trás das placas a informar a quem pertencia a concessão. Corremos a concessão de fio a pavio onde fomos parando em vários cafés e também perguntando à população, ao que ninguém nos soube dizer nada a não ser a data da colocação das placas.
Concessiona-se um troço de um Rio por 10 anos e não se exige nada em troca.
Amanha vou-me dirigir mais um amigo à dita freguesia para me inteirar da condições da concessão. Só espero que pelo menos tenham tido a decência de ter regulamentado licencias diárias gratuitas, como algumas concessões existentes.
É ridículo sermos sujeitos a isto num Rio que é um dos mais poluídos da Europa e ainda por cima é quase tomado de assalto.
A minha abertura foi um lindo passeio de carro porque felizmente não pesco se não estiver a cumprir todas as regras, ou um dia talvez não...



quarta-feira, 12 de maio de 2010

Estreia na embarcada ao Robalo

Hoje de manhã fui mais o meu amigo Ricardo fazer a minha primeira saída embarcada ao Robalo.
Há muito tempo que sonhava com isto.
Muitas horas a estudar a pesca embarca em revistas Francesas e na internet.
O mar, e andar de barca nunca foi coisa que me deixasse mal disposto, mas hoje foi diferente.
Segui todos os procedimentos para ter uma saída sem contratempos, mas a ansiedade impediu-me de cumprir com alguns requisitos.
Jantar no dia anterior com baixo teor de gorduras - cumprido.
Deitar cedo - cumprido.
Dormir uma noite descansada e no mínimo 8 horas - objectivo falhado.
Tomar um bom pequeno almoço - cumprido.
8:10 chego ao local do encontro e vamos tomar um café.
Saímos por volta da 8:30 e começo logo a ver a sonda a marcar peixe que metia medo.
Por muito que o Ricardo tentasse explorar algumas funcionalidades da sonda, eu colocava sempre a dita na posição de identificar o peixe, com a profundidade a que se encontra e com o alarme ligado. Como quem ouve uma maquina a ler os nossos batimentos cardíacos eu ouvia a sonda a marcar peixe como se de uma pulsação de 300 batimentos por minuto se tratasse. Era assim que a gostava de ver. pi, pi, pi, pi, pi, pi, pi, pi...
O mar picava-se um pouco devido à nortada que se começou a sentir, mas o meu estômago estava entretido com o som que me entrava pelos tímpanos.
Ainda paramos em alguns bons spots para pôr à prova as minhas carradas de softbaits mas sem sucesso. Com o mar a picar estava difícil e decidimos "trolear" um pouco.
Ora aqui é que o estômago me deu um apertão. Nada de muito forte, porque não sou homem de enjoar, mas a má disposição veio de leve e incomodou. Quando me baixei para trocar de amostra e perdi completamente todas as minhas linhas de horizonte, Zássss... Já foste!
Felizmente não foi nada de muito forte para ter de abandonar a jornada a meio.
Pouco tempo depois ferramos o primeiro Robalo, que nem o senti. Virtude de estar a usar monofilamento e ter a amostra a uns 150 metros de distancia.
Digo para o Ricardo - É pá! Assim não sei pescar. Nem o senti.
Coloco a Madflash na minha cana de 2,1 com um carreto 3000 e 120 metros de multi e vai disto.
Pouco tempo depois perco a amostra, filha única nesta jornada.
Que galo!
Coloco uma amostra de meia água e continuamos o nosso caminho. Sem fé porque a sonda estava a marcar peixe entre os 4 e os 7 metros.
Algumas voltas por cima dos cardumes e eis que sinto uma senhora ferradela.
Agora sim! Agora senti o gajo a ferrar. É o milagre do multi, que tão boas sensações nos dá.
Era o irmão gémeo do primeiro mas mais magro um pouco. Talvez um macho!
Foi assim a minha estreia, que só foi possível pela grande amabilidade e generosidade do meu Grande amigo Ricardo.